Edifícios esquecidos, mas não perdidos

26-03-2016 14:20

Quem não já ouviu falar dos edifícios antigos esquecidos. Existe até uma rota cultural chamada a “Rota dos Esquecidos” promovida pelo VisitCucujães.

 

Agora perguntamos, apesar de estes belos edifícios estarem esquecidos, será que estão perdidos?

 

Do nosso ponto de vista, não. Mas infelizmente do ponto de vista das entidades competentes, nomeadamente a Câmara, estes edifícios são uma causa perdida.

 

Lembramos que nestes edifícios reside muita história dos nossos antepassados ou melhor, reside parte da história de Cucujães.

 

Os nossos leitores e todos aqueles que nos acompanham, sabem que costumamos ver para além do óbvio. E por isso temos algumas sugestões que fariam destes edifícios o nosso orgulho. Claro que para isso será sempre preciso ter um certo grau de ousadia e boa-fé por parte dos políticos do nosso concelho.

 

Todos nós conhecemos a Casa Anderson que é do ano 1874 e já serviu de Escola Preparatória. Consta-se que a poetisa Sophia de Mello Breyner Andersen, na sua infância, passou alguns períodos das suas férias nesta casa. Onde também e após a implantação da república, esteve o ultimo ministro da guerra monárquico, José Nicolau Raposo Botelho. Este belo edifício em forma de “V” é acompanhado pelas ruas Prof.Dr. Ant. Joaquim Ferreira da Silva e a Rua Misericórdia de Cucujães. Este edifício podia ousadamente ser reconstruído respeitando a arquitetura e torná-lo num centro de arte e cultura onde podia guardar todos os documentos históricos da Vila de Cucujães e muito mais.

 

       

 

Um pouco atrás temos a casa Bótica. Construída por Francisco Manuel da Silva Vidal por volta do ano 1880. O Sr. Francisco era farmacêutico de profissão e por isso esta casa funcionou como uma farmácia. Este edifício também deveria ser requalificado, respeitando sempre a arquitetura e transformado numa Galeria de Exposições, um espaço de divulgação das artes plásticas. Certos que não faltariam artistas de renome que desejariam expor suas obras neste belo edifício.

 

                         

 

Já na Av. João Pinto Bessa temos uma casa do seculo XXI em muito mau estado, mas que ousadamente poderia ser requalificada. Esta casa pertenceu ao Padre António. Esta casa contém um grande espaço de terreno que na altura era usado para a lavoura, pomar e vinhas. Este antigo edifício ao ser recuperado poderia perfeitamente ser usado para um restaurante de referência no norte, quiçá do país. Basta olhar para a Casa Morgado em S.J. da Madeira como um excelente exemplo de hotelaria.

 

      

 

Casa do Visconde Carregoso. Esta Casa é assim chamada ,porque nela viveu António Gomes Brandão  que foi 1º Visconde do Carregoso, por D. Luis I. Esta casa foi contruída em 1840 e ousadamente já a quiseram recuperar. Chegaram-nos alguns ecos que alguém quisera recuperar esta casa e troná-la num hotel, mas infelizmente foi exigido muita borucracia para que este sonho fosse uma realidade. E portanto, desta forma se impede de reconstruir uma casa com muita história.

 

     

 

Escola primária/Finanças. Este edifício está requalificado. Esta recuperação aconteceu nos anos 80, onde as Finanças trabalharam durante praticamente 20 anos. Agora está vazio. Todavia, a Junta de Freguesia tem planos para este edifício, como o Evoluir Cucujães fez saber na sua antiga plataforma. Ler aqui. Resumindo, a Junta de Freguesia quer fazer deste edifício o quartel da GNR de Cucujães, mas o executivo da CMOAZ não apoia, para destabilizar a atual equipa da Junta de Freguesia, simplesmente porque esta não é da mesma cor política. E por razões políticas a GNR trabalha num edificio que em nada dignifica esta entidade de segurança.

 

     

 

Existe ainda muitos outros edificios esquecidos e de grande importancia para Cucujães. Mencionamos  apenas estes, mas não esquecemos os outros. Se houver vontade de evoluir Cucujães e dinamizar esta vila, Cucujães vai dar que falar.

Mas primeiro, as pessoas com responsabilidades políticas terão que deixar as rivalidades de lado. Acima de tudo colocar em prática um planeamento urbanístico que incide nas necessidades, carências e outros problemas que afetam o quotidiano da população cucujanense.

 

Cucujães tem identidade

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