Rubrica Lugares - Faria

22-01-2016 11:00

        

 

FARIA – Provavelmente Faria é a contração de Favaria o mesmo que Faval ou campo de favas.

 

Na época dos romanos este legume era muito apreciado. Os romanos diziam faba no velho toscano idioma pré-romano que é o mesmo que fava em português. Favalia por faval ou favale por faval.

 

Este lugar de Faria era completamente despovoado em 1690. Sendo que neste tempo um monte que delimitava com propriedades do Morgado de Gafanhão, de nome António Soares da Costa Corte Real, como consta no termo das delimitações de Cucujães (Couto), quando nesta época foi feita a delimitação com os marcos delimitadores com a inscrição COVTO 1690 e do outro lado um Báculo.

 

A casa mais antiga que se diz ter havido em Faria, foi a do “Conde” em Faria de Baixo que foi demolida provavelmente há mais de 120 anos, tendo-se nesta altura encontrado objetos de valor histórico. Em 1901 no mesmo local a D. Ana Lourdes Costa fez nascer outra propriedade.

 

O lugar de Faria que faz as devidas confrontações e demarcações com S. João da Madeira é o lugar de Faria de Cima. Apesar de em 1690 ser um lugar despovoado, em 1803 já contava com 39 fogos e Faria de Baixo 83 fogos como consta no livro Paroquial daquele ano, escrito e assinado pelo vigário da freguesia de Cucujães, o Frei Manuel de São José Barros.

 

A estimar pelo tempo decorrido de 1690 a 1803 e pelo número limitado de fogos, chega-se à conclusão que este lugar começou a ter moradores desde que foi promulgada a lei de 19 de Julho de 1790, pela qual a Rainha D. Maria I fez entrar na administração do reino as terras dos donatários, entre os quais este lugar de Faria de Cima cujo os donos destas terras era o Mosteiro e o trato de terreno imediato e continuado de S. João da Madeira, que era propriedade do senhor de Gafanhão que já falamos acima. Crê-se que os antepassados deste ajudassem na conquista de Cucujães e S. João da Madeira aos mouros em tempos remotos e que lhes pertencessem em partilha esta gleba de terra, depois de libertada esta região pelos cristãos, em virtude da importância e valor militar dos seus antepassados.

 

Fonte de pesquisa- Livro Cucujães por João Domingues Arede

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